sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FESTIVAL TRIÂNGULO: Paragens e registros

MATÉRIA RETIRADO DO IDANÇA.

Mesmo que o ano esteja findando e fala-se mais em projeto futuros do que revisões, faço aqui um registro em torno do Festival do Triângulo, realizado de 27 de outubro a 02 de novembro, em Uberlândia, que chegou à sua 23ª edição. Desta vez, o encontro que mobilizou grupos amadores e formações profissionais foi organizado em torno do tema Partilhas na dança – Criação, Visibilidade, Resistência. Na programação, mostra infantil, mostra amadora, mostra profissional, residências. Desta vez, sem patrocinador, a Secretaria de Cultura do município bancou o festival, que teve orçamento acima dos R$ 400 mil.

Criar, tornar viável, resistir. Ações profundamente importantes para a dança brasileira acionaram as partilhas do Seminário Pedagógico e do Fórum de Debates coordenados pela bailarina e pesquisadora Marila Vellozo. Entre os encontros para conversar com os artistas, que tiveram participação dos especialistas Edy Wilson, Fábio Dornas e Gabriela Christófaro, e os eixos temáticos com importantes registros a se fazer. São recortes, memórias, mas ainda assim, pertinentes.

Marila apresentou um amplo e elucidativo panorama sobre a conjuntura e os contextos possíveis para a economia da dança. Insistiu nas condições de existência, nos ambientes, situações, demandas e ideias (replicadas inclusive) para a conjuntura brasileira. Debateu modelos como os das companhias estatais e alertou sobre a necessidade de ocupação de espaços pelo setor nos devidos colegiados, fóruns representativos e no Plano Nacional da Dança.

Com presença vigorosa e irrequieta, a mineira Dudude Hermann personifica a resistência. Vem de uma formação em grupos e companhias, mas fortalecida por ações individuais, atualmente aposta no que diz ser a “dramaturgia do pequeno”, pois não quer se transformar num CNPJ. Manifestou isso no palco, em A Projetista, integrante da Mostra Profissional, e em suas intervenções. Falou de farejamento, disse que professa verdades temporárias. Quer improvisar para sobreviver. Aposta em tecidos afetivos, cooperação, colaboração, microeconomia. Faz, à sua maneira, mineiramente, subversões criativas. Ironizou: “a arte não salva ninguém, mas uma bolsa salva”, “o artista não tem projeto, precisa existir”.

No encontro com a bailarina, professora e pesquisadora Lenira Rengel, que analisou a Mostra Infantil, lições de delicadeza com as crianças. Ela alertou para a não imposição de partituras estranhas ao corpos em formação e falou sobre o perigo dessas práticas, dos figurinos e trilhas musicais que promovem a erotização precoce às meninas e meninos inseridos no universo da dança. Lenira sugeriu ações de inserção, educativas, lúdicas. Propôs distensão de conceitos para dinamizar possibilidades de formação com a dança.

Na fala de Andréa Bardawill, o reforço da construção de espaços de convivência, tal qual o Festival do Triângulo e muitos outros pelo Brasil exercitam. Nesse sentido, ela defende, também, a construção de uma rede de afetos, possibilidades de construção de modos de convivência e de organização – “um mundo de existência possível para a dança”. Para tanto, fundamental é pensar em novas relações de gestão, saber o que eles (os investidores e gestores) querem ouvir e o que a gente quer falar. Os formatos podem ser diversificados, atentos a políticas e contextos, com curadorias e coordenações pedagógicas específicas.

Figura com articulação em festivais, mostras e bienais, Andréa tocou numa questão que perpassou diferentes falas em diferentes momentos, o formato competitivo. Nesse aspecto, ela frisou que um festival pode não ser competitivo, mas, em nada adianta, se continuarmos a ensinar e praticar a dança de forma competitiva.

Por isso, é preciso ser competente para não competir. Em recorrentes momentos, o tema da competição em festivais foi explicitado ou percorria as falas subliminarmente. Muitas vezes, artistas e grupos falavam da importância de estar no festival, de ser visível, de ser alguém através dele. Claro que há nisso um aspecto sobre a eficiência e a competência dessa história construída em 23 edições. O Festival do Triângulo é, sim, um instrumento de afirmação artístico-cultural da cidadania. Ela se vê orgulhosa, vestindo roupa especial, sendo aplaudida e aplaudindo seus pares no ginásio Sabiazinho.

Mas é preciso ir além. É importante relembrar que muita gente saudou a decisão pela não competição, estabelecida há uma década. Falam sobre a troca de gentileza, do pegar junto na hora de preparar a entrada no palco, nas permutas e intercâmbios de fazeres artísticos, na reorganização de seus fazeres a partir do contato com grupos daqui, da região, de outros Estados e mesmo países. São muitas as angulações deste Triângulo.

As competências são construídas de muitas maneiras. Nas apresentações, nas conversas dos fóruns e seminários, nos retornos dados por especialistas a bailarinos e coreógrafos. Elas também se organizam através da construção de redes de parcerias, de apoios, na forma de ocupar espaços de representatividade, na reinvenção constante dos procedimentos artísticos. A capacidade de ser competente é, também, a capacidade de saber fazer autocrítica, de reorganizar um contexto de atuação, um grupo e seus integrantes, as escolhas artísticas e estéticas.

A eficiência que compete a muitos teve recortes pontuais, relatos. Na mesa formada por Vanilton Lakka, Wesley da Rocha e Fernanda Beviláqua, por exemplo. Lakka contou como se vale de muitos contatos para construir a sua existência artística. São relações com instituições formais, coletivos artísticos e mesmo curadores. Assim, mantém-se em circulação pelo Brasil, América latina e Europa. Rocha, o Chocolate, falou da sua afirmação como artista e cidadão através da dança de rua. Isso o fez circular pelo mundo e, ao mesmo tempo, manter contato com sua comunidade, onde segue atuando. Fernanda explanou o modelo de articulação comunitária que possibilitou a criação do Olhares Sobre o Corpo, encontro anual que traz a Uberlândia grupos, coreógrafos, criadores e especialistas.

A produtora paulista Solange Borelli falou sobre articulações possíveis nas esferas públicas e privadas. Defendeu a necessidade de estabelecer diálogos e vínculos “com nossos pares e nossos ímpares”. Sábia metáfora, pois, como se falou nos fóruns, quem se apresenta é visto, mas também vê os demais. Nesse trânsito, fortalece seu repertório, podendo enriquecer seus procedimentos e produtos artísticos. Novamente uma questão de competência e não de competitividade.

Na explanação da produtora, a rubrica sobre a importância de não ter medo da palavra mercado. Isso, no contexto dos encontros possibilitados pelo festival, significa apostar na economia da dança sabendo, principalmente, acreditar no produto que se tem, na arte que se faz. Claro, a dança tem um tipo de organização específica. E é, preciso, sobretudo, articulações qualificadas. Para que isso aconteça, é bom que existam leis, projetos, editais. E é fundamental ser competente o suficiente para entender estes mecanismos e a forma de se apropriar deles.

Mostra profissional

Na programação da Mostra Profissional do Festival do Triângulo, a paisagem urbana é surpreendida por procedimentos de dança, reorganizando seu contexto. Contundente, agressiva pelos materiais e pelo impacto das ações dos quatro integrantes do grupo uberlandense Strondum, Carcaça 2 tem o mérito de não deixar os passantes sem alguma reação. Claro que o estranhamento é a primeira delas. Mas, depois disso, o público topa o jogo coreográfico.
De quais carcaças fala o grupo? Dos corpos humanos mortificados diante do contexto urbano e contemporâneo, da agressividade e da solidão em bandos, do impacto disso nos entornos das aglomerações humanas. Há um evidente discurso político amparado por uma opção estética. Ela se constrói entre socos, saltos, mortais, pontapés, murros. Mas, ao mesmo tempo, o impacto e o ruído dessas ações ganha nuances delicadas, com intervalos em que o objeto cênico (uma carcaça de carro corroída) vira contexto para um refreamento das potentes ações do quarteto. A praça vira, também, um palco de coreografias coletivas.
Nesta segunda versão em torno do mesmo projeto, o Stromdum insere pessoas do público dentro da tal carcaça. Aposta ainda mais no impacto/diálogo, ao mesmo tempo em que reinventa sua ação. A linguagem corporal construída tem a propriedade do vigor e da habilidade de enfrentar os riscos. Talvez, por isso, há tamanha sintonia com quem os assiste: viver em tempos de violência (de muitas ordens, inclusive políticas, estéticas, econômicas e sociais) é um desafio diuturno.

Na performance Arma Ação, Luana Magrela intervém de forma discreta no espaço público. Mas, uma vez percebida, tem a habilidade de atrair para si os olhares. O esgarçamento da relação tempo/espaço, a possibilidade de borrar a paisagem cotidiana, a inserção de um corpo dançante neste contexto, aciona compartimentos da sensibilidade.

Na atividade realizada na Praça Rui Barbosa, a personagem/performer despertou curiosidade de uns e, também, desdém de outros. Desacelerou o caminho daquele vendedor que saíra da loja, fazendo-o entortar mais de uma vez a cabeça. Refez minimamente o caminho do observador, reinventou trânsitos, reverteu em pensamento a ação corporal.

Dado na composição da personagem, impossível não perceber o figurino algo agressivo que aperta o corpo vestido em vermelho que, a princípio, surge coberto por um fino tecido. Os cabelos também são usados para ocultar a face (a identidade?!) da intérprete. Naquele corpo que enverga uma espécie de corpete feito com peças plásticas e complementado por ferros e fios, que chegam à face numa “focinheira” igualmente metálica há a construção, explicitação, de algum sofrimento. Ou, num viés contrário, uma denuncia pública sobre dores do feminino. São possibilidades de olhar para/lidar com aquilo que pinta a paisagem também pelo viés do inusitado.

Na ação/percurso de Luana Magrela, as instâncias estéticas que aproximam dança, performance e artes plásticas saúdam a transversalidade da arte contemporânea. E, ao mesmo tempo, aproximam o público (iniciado ou não) das muitas possibilidades de partilhas estéticas.
A programação teve ainda Anfíbios, de Ricardo Alvarenga. Significativamente com seu nome no plural, o trabalho é construído a partir da singularidade do procedimento performático de Alvarenga. A nudez é, evidentemente, um dos vetores que envergam a atuação. Mas não o único.

Claro que a proposta dramatúrgica se banha num misto de ousadia e irreverência ao falar também de gênero. Afinal, há um corpo masculino, nu, que se posiciona das mais diferentes maneiras em cena, revelando-se em distintas angulações. De frente ao que posa ser uma afronta, o intérprete minimiza essa possibilidade determinando-se a passear pela cena, com sua fraqueira-aquário.

Aliás, Alvarenga demonstra segurança e metódica habilidade em ligar com seus materiais de criação. De ponta cabeça, respirando dentro d’água com ajuda de um tubo, ele administra a cena e potencializa seu significado. Reverte a posição, subverte o jogo, distendendo o tempo de suas cenas, encharcando seu discurso estético nas águas da performance.

O líquido seminal, á água da origem, aquilo que o intérprete impulsiona com os cabelos para molhar o espaço cênico deságua em outras imagens. Depois da água lustral, que batiza Anfíbios de muitas possibilidades estéticas, há de se aguardar para onde tais procedimentos serão encaminhados. A correnteza fluída das subjetividades construídas até aqui assim permite.

Entre Paragens, entre vãos, entre discursos. Solene e sensorial, ritualístico, o trabalho do bailarino Daniel Santos Costa enverga procedimentos do teatro e da dança. Busca romper com a linearidade, distendendo o tempo, faz alegorias a personagens folclóricos, percorre caminhos do popular, mas fecha seu discurso com um quê de hermetismo erudito.

As trilhas da atuação do intérprete-criador formado na Unicamp são de preciosa corporalidade. Há uma visível e dedicada determinação de construção de partituras coreográficas na movimentação do intérprete. Seus recursos de máscara, figurino e mesmo as soluções cenográficas como o tapete/manto e o biombo estão a serviço da(s) criatura(s) que ele constrói no trabalho. Nesse trânsito, o trabalho ora joga com o lirismo e a delicadeza, ora com o abjeto e o tosco, numa invocação de transes, num trânsito de estados.

Claro que existem memórias cênico-sensoriais ritualizadas em cada movimentação. Não à toa, são sete as pedras que usa. O mesmo pode ser entendido quando faz citação da cruz de Jesus, ícone de expiação, culpa, dor, desencanto, quiçá redenção. Invoca também cantigas, parecendo querer ajustar contas com o boi da cara preta que povoou sua imaginação infantil. Deposita sobre tudo isso uma flor, reverencia as camadas e mais camadas de referências e significações que estão nos entre-lugares disso tudo.

Nestas elipses imagéticas, trilha Entre Paragens um percurso potente, que alude a estados de inquietação. Sofrem personagens e plateia no eco dessa encenação, nas reverberações da obra, nos desvãos das sensações produzidas pelo friccionar dessa estética. Deleitam-se, também, ambos, diante da riqueza do que se experimenta com o trabalho. O resto descobre-se nas frestas disso tudo.

Fôlego da terra

Coordenado pelo coreógrafo e pesquisador Dickson Du-Arte, o Terra Cota Dança Afrocontemporânea é um grupo que tem se destacado na cena de Uberlândia. Apostando na pesquisa e buscando conexões entre a capoeira, dança contemporânea, dança de rua e danças afro-brasileiras, o grupo tem elaborado um caminho próprio, tateando uma autoria e um pensamento para a sua dança. Nesta edição do festival, mostrou eficiência mais uma vez, agora com a obra Águas de Cheiro – Terras e Memórias.

Alguns dos integrantes do Terra Cota participaram da residência artística que Rui Moreira desenvolveu com intérpretes de Uberlândia. O resultado foi uma remontagem de Homens, montada originalmente em 2004, com a Cia Será Q., de Belo Horizonte.

O trabalho foi exemplo de preciosa capacidade de articular informações, desafiar corpos e reorganizar partituras de dança em novos contextos. O conceito de coreógrafo DJ foi exercitado com maestria por Moreira, que participou da apresentação. E é contundente a presença de Rui Moreira em cena. Ele enverga a dança. Elabora com o corpo muitos olhares. Sabe criticar, sabe ser irreverente. E sabe, acima de tudo, comover. O verbo se faz carne, corporificado nas muitas alegorias do trabalho

Mas esta remontagem de Homens ampliou as contaminações e replicações elaboradas pelo corpo contemporâneo que dança. O trabalho de Rui e seus oficineiros explorou contatos, tendo frente e fundo, tendo lapidações. No jogo de espelhos, ampliou espaços cênicos e corporais alargando as variações e os vértices deles, polidimensionando a dança que se viu. É como se o movimento começasse num corpo e terminasse no terceiro ou quarto, alinhado e unido, repercutido.

O diálogo de linguagens foi vigoroso e delicado. Um duo múltiplo entre b boys que, depois de uma batalha tênue e delicada, descansam seus corpos sobre novas compreensões de arte. Que a luta cotidiana lhes seja leve, que a dança enleve suas carcaças! Numa genuflexão silenciosa, é como se alguém soprasse aos seus ouvidos: que a terra lhe seja breve, que eu te ampare e você amplie meus horizontes no mundo.

Feito um dervixe malemolente num repente, Rui Moreira desatou nós da dança de seus intérpretes, dando-lhes corda para tecer novas redes. Lançou ao público sua trama de alegorias e elegias. Fortaleceu, redimensionou e ressignificou aquilo que reverenciamos como dança contemporânea brasileira. Tocados pelo que vimos no palco em estado pleno, revisitamos a reinvenção do humano no mundo. Assim, registramos na memória corporal o tanto de imagens e movimentos triangulados, multiplicados e partilhados pelo Festival de Uberlândia.

Carlinhos Santos é historiador, jornalista, crítico de dança, especialista em Corpo e Cultura: Ensino e Criação pela Universidade de Caxias do Sul e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação (UCS). Também é titular da coluna 3por4, do Jornal Pioneiro, em Caxias do Sul, RS.

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III Conferência Municipal de Cultura: para o governo federal ver

MATÉRIA RETIRDO DO BLOG DO SOYLOCOPORTI.

Com formato que não favorece o debate das políticas municipais de cultura, conferência será realizada no final do ano para cumprir tabela. Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná convida para Conferência Livre preparatória.

Só pela data em que ocorrerá, 17 e 18 de dezembro, a III Conferência Municipal de Cultura de Curitiba já poderia ser questionada. Mas há outros agravantes: os eixos de discussão propostos são focados nos produtos, esvaziando o debate político; participantes não-inscritos não têm direito a voz; e o relato da II edição da Conferência, realizada em 2009, não consta entre os textos de apoio disponibilizados pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) na página eletrônica do evento, e o mais grave, o documento não existia até então em nenhum outro espaço virtual.

A realização de conferências municipais a cada dois anos é prerrogativa para que o município faça parte do Sistema Nacional de Cultura – e receba verbas do governo federal. Esse parece ser o único motivo que leva a FCC a realizar a Conferência, sendo o debate político aparentemente uma pedra no sapato a ser evitada ao máximo pela Fundação. Pelos eixos propostos, dá para perceber o quão difícil será discutir políticas públicas de fato – eles são voltados para os produtos, de maneira tecnicista, de modo a blindar o debate político.

Inscreva-se e informe-se sobre a III Conferência Municipal de Cultura de Curitibahttp://cmc2011.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/, e participe da Conferência Livre, quinta-feira (15) às 18h30 na rua Visconde de Nácar 1388, conjunto 12.

Diretrizes temáticas

Os eixos estabelecidos para essa Conferência são: I) Patrimônio Cultural e Natural; II) Design e Serviços Criativos; III) Artes Visuais e Artesanato; IV) Livros e Periódicos; V) Audiovisual e Mídias Interativas; e VI) Espetáculos e Celebrações. Agora compare com os eixos da Conferência anterior, que aderiu às sugestões nacionais: I) Produção Simbólica e Diversidade Cultural; II) Cultura, Cidade e Cidadania; III) Cultura e Desenvolvimento Sustentável; IV) Cultura e Economia Criativa; e V) Gestão e Institucionalidade da Cultura. A partir dos eixos de 2009, conseguimos construir propostas e travar o debate. Aparentemente, isso não é desejável – ao menos é o que as escolhas dos temas dessa conferência dão a entender.

Contraditoriamente, dois dos objetivos da III Conferência Municipal de Cultura de Curitiba, que constam no regimento, são:

I – Discutir a cultura com ênfase na construção de políticas transversais em nível local, regional e nacional, nos seus aspectos da memória, de produção simbólica, da gestão, da participação social e da plena cidadania;

VIII – Apresentar sugestões para a elaboração, implementação e acompanhamento do Plano Municipal de Cultura e recomendar metodologias de participação, diretrizes e conceitos para subsidiar a sua elaboração.

Voz ao povo

Na conferência passada, o regulamento não previa poder der voz aos participantes, somente por escrito. Por pressão do setor não-governamental, conseguimos reverter esse item do regimento na aprovação do mesmo, primeira etapa dos trabalhos da conferência. Esse ano o regimento prevê poder de voz e voto aos participantes, contudo os não-inscritos não têm poder a voz. Por quê? Qual a justificativa para negar a um cidadão, qualquer que seja, o direito de emitir sua opinião num espaço de construção de políticas públicas?

Sem memória

Outro ponto complicado é que entre os documentos de referência do evento, não está o relato da II Conferência Municipal de Cultura, realizada em 2009. Aliás, ele não está em nenhum lugar na internet, nem no site da FCC. Sorte que Yuki Dói, do Fórum de Dança de Curitiba, conseguiu uma cópia física como membro suplente do Conselho Municipal de Cultura, a qual escaneamos e disponibilizamos – http://issuu.com/soylocoporti/docs/conferencia_munic_2009_relatorio. Isso desvaloriza o trabalho da própria FCC, assim como o sentido da Conferência. Ou trata-se de um descuido imenso com a memória pública ou de fato não há interesse em dar continuidade, em aprofundar a construção coletiva.

Encontro preparatório

Em 2009, no processo de preparação da II Conferência, surgiu o Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná, que aglutina entidades não-governamentais em prol da democratização da cultura. O Movimento atuou na II Conferência, de modo a apresentar propostas elaboradas conjuntamente que representem pontos de vista que não os da FCC – sendo que um dos principais elementos do exercício da democracia é a manifestação da pluralidade e o confronto de ideias.

Por isso, convidamos a debater e elaborar propostas coletivas – com apenas 20 pessoas, a reunião já passa a ser considerada Conferência Livre, e assim poderemos enviar propostas diretamente para a Conferências Municipal. Participe!

Conferência Livre de Cultura de Curitiba

15/12 às 18h30 (2a chamada – 19h)
Rua Visconde de Nácar, 1388 conjunto 12

Realização:
Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná
Associação dos Compositores
Coletivo Soylocoporti
Fórum de Dança de Curitiba
Secretaria de Cultura PT-PR

Apoio: Membros dos Colegiados Setoriais e do CNPC de Música, Dança, Teatro, Culturas Populares, Artes Visuais e Literatura.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Forum de dança de Curitiba na Conferência Livre de Cultura de Curitiba que aconteceu no dia 17 de Dezembro de 2011

RETIRADO DO SITE DO PT PARANÁ:

Movimentos artísticos e culturais realizam Conferência Livre de Cultura de Curitiba nesta quinta

PT Paraná

A III Conferência Municipal de Cultura de Curitiba ocorre neste fim de semana com o tema “Políticas Públicas para a Cultura e Economia Criativa”, realizado pela Fundação Cultural de Curitiba. No entanto, movimentos artísticos e culturais organizam uma etapa preparatória ao evento na quinta-feira (15).

A Conferência Livre de Cultura de Curitiba será às 18h30 e é organizado pela Secretaria de Cultura do PT/PR, Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná, Associação dos Compositores, Coletivo Soylocoporti e Fórum de Dança de Curitiba.

O evento também conta com o apoio dos membros dos Colegiados Setoriais e do Conselho Nacional de Política Cultural de Música, Dança, Teatro, Culturas Populares, Artes Visuais e Literatura.

O secretário estadual de Cultura do PT Paraná, Thiago Douglas Moreira, convida todos para a Conferência Livre de Cultura, para o desenvolvimento de articulação e cobrança do Poder Público de uma outra Cultura.

Segundo o secretário, a conferência organizada pela Fundação Cultural de Curitiba, que deveria ser um espaço de interlocução com a sociedade civil para a construção da Gestão Municipal de Cultura, será realizada “apenas para cumprir com a lei que estabelece sua realização bienal”.

Veja as resoluções da última Conferência Municipal de Cultura, que não foram disponibilizadas pela prefeitura. http://issuu.com/soylocoporti/docs/conferencia_munic_2009_relatorio

Site da III Conferência Municipal de Cultura de Curitiba: http://cmc2011.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/

Serviço:

Conferência Livre de Cultura de Curitiba

15/12 às 18h30 (2ª chamada – 19h)

Associação dos Compositores - Rua Visconde de Nácar, 1388 conjunto 12 .

Confirme sua presença no Facebook: http://www.facebook.com/events/126702430776821/

Renovação do colegiado setorial de dança para Abril de 2012

Deixo postado o e-mail que recebi da Marila Velloso no dia 7 de dezembro de 2011, pois é um assunto importante. att. Yiuki

Olá pessoal! como estão?
escrevo porque a Rosa Coimbra, nossa representante no CNPC, precisa retornar a este órgão com informações sobre como pensamos nos critérios para a renovação do Colegiado para ano que vem.
Esta gestão finda em 06 de abril e acreditamos que eles pretendem fazer um forum ou assembleia setorial no inicio do ano.
Já solicitamos - nosso colegiado - por representação por estado mas está meio claro que eles não irão aumentar o numeros de representantes. EStes ficarão em 15, à principio.
Deste modo pensem se entendem pertinente a manutenção de 05 reprsentantes por região, 05 pela produção, 05 pela criação e 05 pela formação.
Vejam se voces entendem necessário selecionar alguns critérios sobre quem poderia se candidatar em nossos estados e depois como membro de colegiado. Entendo em um primeiro momento, que estas escolhas devem ser feitas pelas pessoas e organziações de cada localidade, pois escolheremos primeiramente em nossos estados. Depois, serão escolhidos por estes selecionados nos estados, a nova gestão do colegiado, provavelmten em brasília.
Alguns atuais representantes, entendem que podemos tentar acordar em manter uma certa porcentagem de membros que já estavam e uma porcentagem maior de membros novos na renovação. Particularmente, mesmo entendendo que é bacana ter pessoas que estão mais próximas às questões, não acredito que seja necessário priorizar por porcentagem quantos ficam e quantos entram. Acredito que quando reunidos, os interessados estarão demonstrando interesse e estarão também entrando em acordo sobre critérios e passando por votação como ocorreu da ultima vez.
Manifesto que não serei candidata a permanecer por outra gestão como representante pela Região - inclusive porque este foi um critério levantado pelo grupo de delegados do paraná, na ocasião: que outras pessoas pudessem ocupar espaços de representação para haver troca de experiência e de perfis de representantividade. 

vamos nos falando. Devemos retornar tão logo possível.
abraços e até,
Marila Velloso
marilaemovimento@hotmail.com
http://www.emove.com.br

Colegas de Região Sul Dança:

a Lígia de Santa Catarina me alertou sobre uma informação que enviei no ultimo email, equivocadamente, sobre o numero de representantes do Colegiado Setoiral de Dança:

atualmente, a composição - que provavelmente será mantida para a próxima gestão - é de:

05 representantes (um por cada Região do País)
03 representantes pelo eixo produção
03 representantes pelo eixo criação
03 representantes pelo eixo formação
e o 15o representante, da última vez, foi selecionado pelo critério de ser alguém do colegiado anterior. acredito que o critério para este 15o representante pode ser repensado conforme o grupo que estiver em Brasília para 2012.

e o mesmo número de suplentes (15) subdivididos nas mesmas categorias ou eixos.
abraços e qquer coisa avisem,

III Conferência Municipal de Cultura (17 e 18 de dez 2011): para o governo federal ver

Com formato que não favorece o debate das políticas municipais de cultura, conferência será realizada no final do ano para cumprir tabela. Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná convida para Conferência Livre preparatória.

Só pela data em que ocorrerá, 17 e 18 de dezembro, a III Conferência Municipal de Cultura de Curitiba já poderia ser questionada. Mas há outros agravantes: os eixos de discussão propostos são focados nos produtos, esvaziando o debate político; participantes não-inscritos não têm direito a voz; e o relato da II edição da Conferência, realizada em 2009, não consta entre os textos de apoio disponibilizados pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) na página eletrônica do evento, e o mais grave, o documento não existia até então em nenhum outro espaço virtual.

A realização de conferências municipais a cada dois anos é prerrogativa para que o município faça parte do Sistema Nacional de Cultura – e receba verbas do governo federal. Esse parece ser o único motivo que leva a FCC a realizar a Conferência, sendo o debate político aparentemente uma pedra no sapato a ser evitada ao máximo pela Fundação. Pelos eixos propostos, dá para perceber o quão difícil será discutir políticas públicas de fato – eles são voltados para os produtos, de maneira tecnicista, de modo a blindar o debate político.

Inscreva-se e informe-se sobre a III Conferência Municipal de Cultura de Curitibahttp://cmc2011.fundacaoculturaldecuritiba.com.br/, e participe da Conferência Livre, quinta-feira (15) às 18h30 na rua Visconde de Nácar 1388, conjunto 12.

Diretrizes temáticas

Os eixos estabelecidos para essa Conferência são: I) Patrimônio Cultural e Natural; II) Design e Serviços Criativos; III) Artes Visuais e Artesanato; IV) Livros e Periódicos; V) Audiovisual e Mídias Interativas; e VI) Espetáculos e Celebrações. Agora compare com os eixos da Conferência anterior, que aderiu às sugestões nacionais: I) Produção Simbólica e Diversidade Cultural; II) Cultura, Cidade e Cidadania; III) Cultura e Desenvolvimento Sustentável; IV) Cultura e Economia Criativa; e V) Gestão e Institucionalidade da Cultura. A partir dos eixos de 2009, conseguimos construir propostas e travar o debate. Aparentemente, isso não é desejável – ao menos é o que as escolhas dos temas dessa conferência dão a entender.

Contraditoriamente, dois dos objetivos da III Conferência Municipal de Cultura de Curitiba, que constam no regimento, são:

I – Discutir a cultura com ênfase na construção de políticas transversais em nível local, regional e nacional, nos seus aspectos da memória, de produção simbólica, da gestão, da participação social e da plena cidadania;

VIII – Apresentar sugestões para a elaboração, implementação e acompanhamento do Plano Municipal de Cultura e recomendar metodologias de participação, diretrizes e conceitos para subsidiar a sua elaboração.

Voz ao povo

Na conferência passada, o regulamento não previa poder der voz aos participantes, somente por escrito. Por pressão do setor não-governamental, conseguimos reverter esse item do regimento na aprovação do mesmo, primeira etapa dos trabalhos da conferência. Esse ano o regimento prevê poder de voz e voto aos participantes, contudo os não-inscritos não têm poder a voz. Por quê? Qual a justificativa para negar a um cidadão, qualquer que seja, o direito de emitir sua opinião num espaço de construção de políticas públicas?

Sem memória

Outro ponto complicado é que entre os documentos de referência do evento, não está o relato da II Conferência Municipal de Cultura, realizada em 2009. Aliás, ele não está em nenhum lugar na internet, nem no site da FCC. Sorte que Yuki Dói, do Fórum de Dança de Curitiba, conseguiu uma cópia física como membro suplente do Conselho Municipal de Cultura, a qual escaneamos e disponibilizamos – http://issuu.com/soylocoporti/docs/conferencia_munic_2009_relatorio. Isso desvaloriza o trabalho da própria FCC, assim como o sentido da Conferência. Ou trata-se de um descuido imenso com a memória pública ou de fato não há interesse em dar continuidade, em aprofundar a construção coletiva.

Encontro preparatório

Em 2009, no processo de preparação da II Conferência, surgiu o Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná, que aglutina entidades não-governamentais em prol da democratização da cultura. O Movimento atuou na II Conferência, de modo a apresentar propostas elaboradas que representem pontos de vista que não os da FCC – sendo que um dos principais elementos do exercício da democracia é a manifestação da pluralidade e o confronto de ideias.

Por isso, convidamos a debater e elaborar propostas coletivas – com apenas 20 pessoas, a reunião já passa a ser considerada Conferência Livre, e assim poderemos enviar propostas diretamente para a Conferências Municipal. Participe!

Conferência Livre de Cultura de Curitiba

15/12 às 18h30 (2a chamada – 19h)
Rua Visconde de Nácar, 1388 conjunto 12

Realização:
Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná
Associação dos Compositores
Coletivo Soylocoporti
Fórum de Dança de Curitiba
Secretaria de Cultura PT-PR

Apoio: Membros dos Colegiados Setoriais e do CNPC de Música, Dança, Teatro, Culturas Populares, Artes Visuais e Literatura.

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Michele Torinelli
http://miradas.soylocoporti.org.br/

http://www.flickr.com/photos/micheletorinelli/

Comunicação compartilhada no FSM 11

http://ciranda.net

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Curitiba/Dança/Política: Fórum aberto de dança (26 de Nov de 2011–Sábado)

Convidamos todos vocês para os
3o e 4o ENCONTROs DO FÓRUM ABERTO DE DANÇA - CICLO DE PALESTRAS E ESTUDO SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS EM DANÇA
Tema: Micro e macro relações entre especificidades da Dança: produção, circulação, programação de eventos, projetos artísticos, ambientes acadêmicos, gêneros/estilos de Dança e

Colegiado Setorial de Dança, Assembleias e Pré-Conferências setoriais

Data: 26/11/2011 - sábado

Horário: das 14h às 18h
Local e Apoio desta edição: Entretantas produções
Endereço: Rua Fernando Amaro, 650 ap 71- alto da xv

Coordenação e Concepção: Marila Velloso

Realização: Grupo de Pesquisa em Dança da UNESPAR, Setor de Extensão da FAP/UNESPAR, Fórum de Dança de Curitiba e emovimento...: e produção

Aguardamos vocês lá! qquer dúvida contactem neste email ou pelo telefone: 41. 9953 8181

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cidadania/Cultura/Brasil: Abaixo-assinado PELA APROVAÇÃO URGENTE DA PEC 150

Pessoal, assinar é simples, precisa de titulo e CPF. Se a PEC 150 for aprovado mais verba serão destinado à cultura em todo o Brasil. A construção da cidadania é feita mediante a educação e cultura em parceria. Vamos votar!!! ABraçossss Yiuki

Site para votar: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2011N16008

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Virada Cultural, por Thiago Moreira

Neste final de semana acontece em Curitiba a Virada Cultural. São vinte e quatro horas de atividades artísticas culturais espalhadas pelo centro da cidade, inspirada na "Nuit Blanche” de Paris, que há mais dez anos toma conta da noite, por aqui em sua segunda edição.

Um dia de arte de graça na praça, com grandes nomes da música como Teatro Mágico, Jair Rodrigues, Almir Sater, entre outros. Isso é dinheiro público sem controle público, falta de controle social sobre a coisa pública. Não temos um Conselho Municipal de Cultura que delibere de fato sobre as Políticas Públicas em nossa cidade, este ano só se reuniu dias atrás e a Conferência bianual prevista em lei, até agora nada.

Você foi consultado sobre as atividades propostas? Cadê o rap por exemplo?

Nos outros 364 dias do ano acontece o descaso com a população que não têm direito ao acesso, muito menos ao fomento para o que aqui é produzido. Editais públicos vindo da cabeça de “iluminados”, espaço descentralizado como o Centro Cultural do Portão está há quase dez anos em reforma, cinema de rua aqui acabou, Cine Guarani, Cine Luz e Cine Ritz se apagaram, sem contar a briga que tá pela abertura da Pedreira Paulo Leminski.

Pela construção do Sistema Municipal de Cultura, o nosso CPF (Conselho, Plano, Fundo), estruturado de forma democrática entre o poder público e a sociedade civil, construindo de forma coletiva a gestão da Cultura, não só um dia, mas sim o ano todo. É hora da virada cultural!

* Thiago Moreira é Secretário Estadual de Cultura do PT Paraná

Thiago Douglas Moreira
Secretário de @CulturaPTPR

41 96670597

"Sem forma revolucionária não há arte revolucionária" Maiakóvski

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Reunião urgente sobre Editais Culturais de Curitiba: Amanhã, dia 26 de Outubro de 2011

Pessoal, é importante a presença de todos da Dança de Curitiba amanhã, 4ª feira, dia 26, às 14h, na Fundação Cultural de Curitiba (R. Engenheiros Rebouças, nº 1732)  reivindicando uma distribuição de verba dos editais culturais do município mais equilibrada e justa para o ano de 2012.

A Dança é o irmão mais pobre recebendo 370 mil reais, sendo que existe categoria que recebe 1,5 milhões.

Qual o critério? Qual o mapeamento de cada área para essa discrepância?

Se deixarmos passar a reunião de amanhã, somente em 2013 poderemos mudar o quadro como esse abaixo que foi o lançamento de editais de 2011:

  1. DANÇA.......................... 370.000,00 R$
  2. CIRCO............................ 450.000,00 R$
  3. TEATRO....................... 1.546.000,00 R$
  4. LITERATURA.................. 1.153.000,00 R$
  5. AUDIOVISUAL................... 900.000,00 R$
  6. ARTES VISUAIS................1.038.000,00 R$
  7. PATRIMÔNIO CULTURAL........480.000,00 R$
  8. MÚSICA......................... 1.298.000,00 R$

Por que essa data e horário com urgência? É porque está agendada na FCC a reunião da Comissão que vai lançar os editais culturais 2012. O objetivo é mostrar a demanda da dança para que a comissão da FCC reavalie a divisão de verba do Fundo da Cultura. Também lhes comunico que é a oportunidade de cada especificidade do segmento da dança manifestar as suas necessidades:

  1. Editais para Festivais?
  2. Editais de formação para amadores?
  3. Editais de manutenção de companhia?
  4. Editais de para registros e memória?
  5. Formação nas regionais?
  6. Editais para pesquisadores?
  7. O QUE VOCÊ PRECISA?

Quem não manifesta não é ouvido, e a FCC lançará os editais por “achismos”, afinal eles não fazem o mapeamento da necessidade cultural da dança de Curitiba. Nem abrem espaços para dialogar sobre isso (por exemplo: esse ano de 2011 pela lei municipal deveria haver a conferencia municipal de cultura – FCC não fez isso até agora).

Quem quiser saber mais sobre esse assunto ver o e-mail do Ricardo Marinelli, membro do conselho municipal da cultura, que se encontra nesse link. Eu tentei passar um esboço geral do que se trata o assunto.

Muito obrigado pela atenção.

Yiuki Doi, membro do Conselho Municipal da Cultura e do Fórum de Dança de Curitiba.

URGENTE: tornar VISIVEL a demanda da dança de Curitiba: 14h no MOINHO 4ª FEIRA, dia 26 de Outubro de 2011 (definição dos editais 2012 da fcc)

Prezados (as):
Temos uma demanda importante para vencer essa semana!

Como já pude expor em email convite que enviei a vocês na semana passada, na próxima quarta, dia 26, a comissão do Fundo municipal de Cultura se reune para definir o cronograma de editais a serem lançados em 2012. Mais uma vez temos uma discrepância muito grande dos editais de dança com relação à outrás áreas.

Numa iniciativa conjunta entre os conselheiros Ricardo Marinelli, Yiuki Doi e Loa campos (conselho municipal de cultura), Forum de Dança de Curitiba e de organizações da dança curitibana, tivemos hoje (24/10) uma reunião com a Coordenação de Dança, de onde saímos com os seguintes encaminhamentos:

  1. estarmos presentes, no maior numero possivel de pessoas, 'a partir das 13h50, no dia 26/10 , QUARTA-FEIRA, no MOINHO, Av. Engenheiro Rebouças (sede da Fundação Cultural de Curitiba), lá dentro, na frente do prédio da Lei de Incentivo, para fazermos visíveis ao poder publico e à Comissão do Fundo Municipal de Cultura, mais grupos e artistas e professores de dança, mostrando que somos mais que dois ou 03;
  2. levarmos apitos (para orquestrar o barulho) e tbem papéis como papelões onde possamos escrever alguns topicos importantes sobre recursos para a dança, "demanda da dança é visivel e existente na cidade!" "somos muitos e plurais"  " já espramos por muito tempo: necessitamos de mais recursos" etc etc;
  3. fazermos um lobby pró-ativo recepcionando os membros da Comissão do Fundo, um a um, nos apresentando, dando nosso historico de demandas, nome do gênero de dança com o qual trabalhamos, o nome do grupo, informando onde nos localizamos, solicitando aumento minimo de 400 mil reais há mais para 2012. e editais especificos para nossas variadas demandas.
  4. encaminharmos oficialmente um documento que contextualiza e oficializa nossos pedidos, a ser assinado pelo maior número de artistas e organizações de dança da cidade, daí a importância da presença de todas e todos na quarta!

por ai. sujeito a mais sugestoes de organização.
entendo que devamos chegar 13h50 ou 14h para recepcionar e para quem tiver outros compromissos, poderão deixar o moinho as 14h30 quando iniciar a reuniao.
avisem outros, tragam seus companheiros de trabalho! VAMOS MINIMAMENTE AUMENTAR OS RECURSOS DO FUNDO PARA BATALHARMOS EDITAIS MAIS POTENTES PARA AS REGIONAIS TODAS DA CIDADE. 
saludos e vamos lá. DESTA VEZ PRECISAMOS DE NUMERO. VAMOS MOSTRAR NOSSAS CARAS E DANÇAS E NECESSIDADES... PLURAIS!
Qualquer dúvida meus contatos estão aí embaixo.

Grande abraço e até quarta,

--

Ricardo Marinelli
+55 41 33878522

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

COLEGIADO SETORIAL DE DANÇA/CNPC - infos out

Assunto: Colegiado de Dança

Data: 20 de outubro de 2011 00:03:08 BRST



Os representantes do segmento de dança estiveram reunidos em Brasília nessa última terça-feira, 18 de outubro e ontem, 19, para debaterem, sugerirem e comentarem as propostas de metas contidas no Plano Nacional de Cultura.
Um dos principais pontos importante da pauta dessa 2ª Reunião Ordinária de 2011 foi o inicio do debate em torno do processo de renovação do colegiado. Em abril de 2012 expira os mandatos atuais e novos representantes deverão assumir os assentos do conselho.
O segmento é um dos mais estruturados dentro das instâncias do Conselho Nacional de Políticas Culturais, fato que na visão do membro da Coordenação de Dança da Funarte, Fabiano Carneiro, torna o debate em torno das metas do PNC dinâmico e objetivo. “O colegiado de dança possui uma estrutura e um discurso bem avançados, isso facilita o debate das metas do Plano Nacional de Cultura, pois se dá em nível de adequá-las as especificidades e demandas da área, um debate que já vem ocorrendo há algum tempo”, disse Fabiano.
Umas das propostas do segmento é que ocorra a mudança do termo Artes Cênicas e sim fazer a separação por áreas, ou seja, tratar a dança, o circo e o teatro em separado, levando em conta suas singularidades. A representante Silvia Moura também solicitou aos pares que fosse aprovado o comentário ao texto de metas solicitando que livros de dança e de artes fizessem parte do acervo de todas bibliotecas públicas do país. “Livros sobre a área de artes são muito caros e é preciso que toda a população tenha acesso a eles”, ponderou Silvia Moura. A recomendação foi aprovada por unanimidade pelo colegiado.
Oficina PNC
As contribuições do colegiado de dança para o caderno de metas do PNC faz parte do processo de consulta pública aberta desde o dia 21 de setembro e que se encerra no amanhã, 20 de outubro. Todo esse esforço será apresentado na oficina do Plano Nacional de Cultura em que todos os setoriais se reunirão em Brasília, nos dias 7 e 8 de novembro. Na ocasião, a Secretaria de Políticas Culturais apresentará o resultado preliminar sistematizado da consulta pública aos representantes de todos colegiados, membros do CNPC e secretários do Ministério da Cultura.
Para participar desse momento, o colegiado de dança definiu os nomes dos representantes André Durand e Silvia Moura. Após esse encontro e das definições realizadas nesse último momento, será redigida a versão final que será apresentada ao plenário do CNPC na 16ª e última reunião do conselho em 2011, nos dias 28 e 29 de novembro.
Renovação
O regimento interno do CNPC define que a cada dois anos se renove em 100% os nomes dos representantes dos colegiados, no entanto, o documento não define como esse processo deve ocorrer. Por essa razão, a direção do Conselho solicitou contribuições dos colegiados para que o processo seja definido. Os colegiados são formados por 15 representantes da sociedade e 5 do governo.
A coordenadora-geral do CNPC, Maria Helena Signorelli, afirmou aos presentes que o Ministério da Cultura possui uma proposta, mas que a participação das áreas é fundamental para o processo. “Estamos pensando em realizar fóruns setoriais em abril do ano que vem, para que ocorra a renovação dos colegiados e a instalação dos colegiados para áreas que ainda não o possuem, mas são 19 áreas, portanto, bem complexo, e por isso não definimos ainda e contamos com a colaboração dos segmentos e parceria de estados e municípios”, disse Maria Helena.
A representante Marila Veloso argumentou que a própria sociedade civil pode ser organizar em seus estados e regiões para definir seus delegados regionais. Para a representante Liana Gesteira, é fundamental que a Secretaria de Articulação Institucional promova encontros regionais ou mesmo virtuais para esclarecer aos postulantes a assentos no colegiado o papel do CNPC, seu funcionamento e as responsabilidades dos representantes como forma de fortalecer a participação da sociedade civil.



Marcos Agostinho (Ascom/MinC)
Fotos: Bruno Spada
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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dança / Curitiba: Reunião urgente com a Coordenadora de Dança do Município sobre os editais culturais 2012.

Agentes culturais da dança, nesta segunda-feira, dia 24 de outubro de 2011, às 10h:30min, haverá uma reunião com a Eleonora Greca, coordenadora de dança do município de Curitiba na Casa Hoffmann – Centro de Estudo do Movimento, onde poderemos saber mais sobre os Editais 2011 da Fundação Cultural de Curitiba. Segue abaixo o e-mail do Ricardo Marinelli a respeito desse assunto. Yiuki Doi

Local: Casa Hoffmann
Rua Claudino dos Santos, 58 – Centro
Curitiba, Paraná – Brasil


Olá querid@s colegas da dança de cada dia.

Tudo bem com vocês? Espero que sim.

Escrevo pelo seguinte: na última segunda tivemos mais uma reunião do Conselho Municipal e a questão mais séria entre todas é que ficamos sabendo que na próxima semana a Comissão do Fundo se reune para APROVAR um cronograma de editais para 2012. Isso significa que todos os editais que serão lanlados pelo fundo municipal em 2012 serão decicidos na próxima semana. Não tivemos acesso à tabela de editais, depois de muita insistência da minha parte soube pela Ana Maria (diretora da lei de incentivo) que com relação ao pacote de editais para a dança teremos a inclusão um edital de difusão para 2012, o resto continua igual.
Enfim, tentei argumentar de diversas formas, fiz diversas perguntas mas como sempre as repostas são generalistas e fugidias.
Entrei em contato com a Eleonora Greca e solicitei uma reunião para que ela exponha como se deu internamente a discussão para a construção do quadro de editais do fundo para 2012, que parametros ela usou para fazer as escolhas e como nossas demandas (apontadas oficialmente em dezembro, depois em fevereiro) foram levadas em consideração e tudo mais.
A reunião da Comissão do fundo acontece na quarta ou na quinta da semana que vem, sendo assim a coisa é urgente.

De acordo com a agenda da Eleonora, a reunião ampliada ficou marcada para segunda, dia 24, as 10e30, na Casa Hoffmann.

Além da Eleonora estou tentando garantir a presença do Rogério Bozza, que é o representante de artes cenincas na comissão do fundo.

A presença em massa é fundamental para legitimarmos a demanda diante da coordenação e também diante do representante!

Por favor ajudem a divulgar em seus meios!

Vamo que vamo, um beijo

--
Ricardo Marinelli
+55 41 33878522
+55 41 96425531 (tim)
+55 41 91359319 (vivo)
skype: ricardomarinelli
www.couve-flor.org

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Consulta Pública das Metas do Plano Nacional de Cultura (21/09/2011 A 20/10/2011)

PARA ACESSAR DIRETO NO SITE CLICAR AQUI.

Prezado(a) Senhor(a) Delegado(a) da II Conferência Nacional de Cultura,

Tenho o prazer de convidá-lo(a) para participar de importante etapa do processo de implementação do Plano Nacional de Cultura: a Consulta Pública das Metas do PNC, que ocorre do dia 21 de setembro a 20 de outubro de 2011.

O PNC, instituído pela Lei nº 12.343 de 02 de dezembro de 2010, consiste em um conjunto de diretrizes, estratégias e ações que devem nortear as políticas públicas da área da cultura até 2020. Construído com ampla participação social, o plano busca promover a diversidade cultural brasileira em todas as suas expressões.

Para sua efetivação, a Lei que o institui diz que deverão ser elaboradas as metas para a consecução das ações presentes no Plano. As metas, então, definem o cenário que se deseja para a cultura em 2020, baseado nos anseios da sociedade, expressos no Plano, por meio de 275 ações.

A consulta estará aberta até dia 20 de outubro, por meio do portal pnc.culturadigital.br, para receber contribuições da sociedade civil e de gestores públicos sobre as metas que nortearão as políticas públicas na área cultural até 2020. Esta oportunidade de participação social reafirma o compromisso do MinC com processos democráticos, colaborativos, participativos e abertos de formulação de políticas culturais.

A elaboração das metas do PNC deve levar em consideração a capacidade de execução de políticas públicas dos governos federal, estaduais e municipais e da sociedade civil organizada. Ainda que as metas sejam estabelecidas por iniciativa do governo federal, através do Ministério da Cultura em diálogo com a sociedade civil,  é fundamental contar com a adesão e cooperação dos governos estaduais, municipais e do distrito federal, os quais, ao aderirem ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), estarão também assumindo as metas do PNC, e contribuindo para garantir o seu alcance.

Sua participação, como delegado(a) da II Conferência Nacional de Cultura, será essencial para o enriquecimento das discussões e consolidação das metas que nortearão as políticas culturais para os próximos 10 anos.

Contamos com sua colaboração neste processo de participação social na construção das políticas culturais.

 

Atenciosamente,
ANA DE HOLLANDA
Ministra de Estado da Cultura

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Fórum Aberto de Dança – Ciclo de palestras e estudo sobre políticas públicas em dança: 16/09/2011

Fórum Aberto de Dança – Ciclo de palestras e estudo sobre políticas públicas em dança:

Dia: 16/09 (sexta-feira)

Horário: das 14h às 16h

Local: Carmen Romero Dança Flamenca
Rua Nilo Cairo, 240 - Centro - Curitiba/PR
(41) 3262 9782 - www.carmenromero.com.br

Tema Palestra e debate: Autonomia da Dança como ÁREA de conhecimento: especificidades em questão

Este projeto tem coordenação de Marila Velloso com colaboração de organizações, instituições e artistas e visa dar continuidade aos debates e estudo sobre a organização política e econômica deste segmento artístico.

Serão ofertados encontros presenciais mensais entre setembro de 2011 e dezembro de 2012 que incluem palestras e debates mediados a cerca de temas como as políticas culturais e públicas na área, a regulamentação da profissão, entre outros.

Alguns objetivos:

  • O fortalecimento da articulação entre distintas instituições (produtoras, escolas, companhias de dança, organizações, artistas etc) e de representantes de distintos gêneros de Dança para o estudo e debate continuado sobre políticas públicas para a área da Dança;

  • Ampliar a compreensão sobre a importância da participação nos processos de organização e estudo das políticas culturais e da organização civil da área.

Mais informações: marilaemovimento@hotmail.com – 41.9953.8181

Apoio desta edição: Carmen Romero Dança Flamenca e Fórum de Dança de Curitiba
saludos!
Marila Velloso

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Carta entregue ao SEPED-PR

Este documento foi escrito pela Marila Velloso solicitando um esclarecimento a respeito da carta entrege pelo SATED-PR e SEPED-PR para SEEC-PR, a qual questiona a legitimidade da dança possuir um assento autônomo das artes Cênicas no anteprojeto da lei do Conselho Estadual de Cultura do Paraná. A/C Presidente do SEPED-PR - Sr. João Luiz Fiani

De: Fórum de Dança de Curitiba e de Marila Velloso - representante da Região Macro Sul do Colegiado Setorial de Dança do Conselho Nacional de Política Cultural e membro efetivo do Comitê de Circo, Dança e Teatro, do Fundo Nacional de Cultura (2010-2011)

Data: 10 de agosto de 2011

Prezado Sr.:

Tivemos acesso ao documento encaminhado para a Secretaria de Estado da Cultura do Paraná no qual consta também sua assinatura como representante do SEPED-PR, algo que nos causou estranhamento e lhe explicitamos os motivos:

1) Estivemos juntos em reunião junto à SEEC onde nos apresentaram o anteprojeto do PROFICE e no qual constava a dança como segmento não atrelado às artes cênicas e não houve manifestação contrária nem de V.Sa., nem da representante do SATED-PR, Sra. Yara Sarmento, nem de representantes do Fórum das Entidades Culturais do PR que inclusive, participaram do grupo de elaboração de tal anteprojeto;

2) Nas audiências publicas, sobre o anteprojeto do Profice e sobre o anteprojeto do Conselho Estadual de Cultura, não houveram manifestações contrárias a um assento próprio para a área da dança;

3) Após o desligamento oficial do Fórum de Dança de Curitiba da FEC, em carta aberta, há um mês, eis que na ultima audiência houveram manifestações contra este assento, com alegações que não se mostraram pertinentes, já que a Ópera ou o Circo, ou mesmo o Teatro, se não reivindicaram por assento próprio e se sentiram contemplados pelo assento denominado pelo termo “artes cênicas”, não haveriam porque se manifestar contra ou à favor de uma reivindicação da Área da Dança, por sua autonomia como área de conhecimento que é. Os profissionais que compõe uma Área de conhecimento extrapolam as especificidades de produtores, empresários, artistas e técnicos de espetáculos.

4) Também, porque produtores e empresários da área da dança como eu, Marila Velloso, estivemos em diálogo com o SEPED quando esta necessidade foi demandada não fazendo sentido e não havendo uma razão que justifique a assinatura de um documento que aponta graves equívocos de entendimento como este enviado à SEEC, sem terem sido chamados os produtores e empresários de dança para consulta e diálogo. Um documento que atinge de modo arbitrário e injusto, uma área e segmento artístico como a Dança, que tem a importância que tem no Paraná. Contextualizamos o porque:

A dança é uma área de conhecimento autônoma, com uma linguagem, vocabulário e meios de produção e existência próprios. Na esfera federal, desde 1977, tem espaços de representação específicos (SNT e Funarte) e em Curitiba, desde 2005, na Fundação Cultural de Curitiba. Sem contar a existência dos mais de 30 cursos de graduação espalhados pelo País, incluindo o curso de Dança da Faculdade de Artes do Paraná-UNESPAR - o 2o mais antigo do Brasil que completou 25 anos. E um Mestrado em Dança na UFBA além de inúmeros cursos de Pós-Graduação "Lato Sensu".

No Paraná, corpos estáveis de dança foram criados há mais de 50 anos e foram mantidos por governos anteriores mostrando que esta Área tem historicamente no Paraná importância na construção da imagem do Estado em nível federal, estadual e municipal.
Na esfera política e econômica, suas organizações conquistaram espaços também específicos: Colegiado Setorial de Dança, um assento próprio no Conselho Nacional de Política Cultural, dois assentos no Comitê de Circo, Dança e Teatro do Fundo Nacional de Cultura, Assembleias e Pré-Conferências Setoriais, um Plano Nacional de Dança publicado em maio de 2011, um Fundo específico, editais e representantes específicos em distintos espaços de gestão pública e privada.
Essas conquistas não aconteceram de uma hora para a outra nem tampouco foram definidas e decididas por profissionais de outras áreas. Foi no embate dos profissionais da DANÇA (artistas, professores, pesquisadores, alunos e estudantes etc) a partir de suas demandas específicas, pelo modus operandi próprio desta categoria que estes espaços foram ocupados.
A SEEC, após as reivindicações em audiências e documentos que contaram com a assinatura de 95 artistas e profissionais da dança paranaense - de várias cidades e não apenas da capital – contemplou a dança com um assento específico tanto no anteprojeto do Conselho Estadual de Cultura quanto no do Programa de Fomento e Incentivo à Cultura em razão de uma demanda legítima e legitimada por paranaenses e por uma mobilização e entendimento também nacional sobre a autonomia da área que permeia distintas camadas: artística, produtiva, política, educacional, econômica.

Temos uma recomendação do Conselho Nacional de Política Cultural, publicada em diário oficial, em 2010, para que instituições públicas e privadas tratem a dança como área autônoma do termo “artes cênicas” (enviamos em anexo). Documento entregue à SEEC, em fevereiro deste ano.

O movimento e organização da dança paranaense tem também contribuído sobremaneira para discussões e reflexões aprofundadas sobre a Cultura e as políticas publicas para a Cultura no Estado do Paraná.

Não lembramos de ter visto nenhum representante do Sated-Pr nestas audiências publicas, nem na do ano passado na ALEP, nem convocando reunião com seus associados para discutir um tema que não é da alçada apenas do sindicato dos artistas, mas sim de uma categoria que engloba cursos superiores de dança que formam profissionais da dança de distintos perfis, que engloba grupos e artistas também amadores, e, ainda, muitos profissionais que não são sindicalizados e profissionais da área que não se encaixam nestes dois sindicatos.

Ressaltamos, que estamos aqui defendendo especificidades na elaboração de mecanismos de controle social, não apenas de fomento, estamos falando da construção da idéia de politicas publicas que exigem uma atuação e reflexão sobre uma maioria e não apenas sobre profissionais com DRT. Estes também. Mas não apenas estes. Política Publica é para todos (as); ao menos nossos esforços devem ser para tanto. Os profissionais e afetos à área da dança não são apenas os bailarinos profissionais ou os produtores como eu, ou os empresários.

E isso é argumento para a impropriedade deste documento que conta com dois sindicatos específicos que resolvem se manifestar contrários ao assento de uma área inteira em detrimento dos seus entendimentos sobre quem pode e não pode ser contemplado em um mecanismo de fomento e (ou) de controle social. Isso a alguns dias do prazo final de sugestões sobre o anteprojeto do conselho estadual. E que não se manifestaram em nenhum momento anterior na presença de representações da dança. Lembrando que o prazo da SEEC para sugestões do anteprojeto de lei do Profice, já encerrado anteriormente.

Então: quem irá pensar a formação em dança na elaboração de um programa de cultura estadual? A circulação e produção de espetáculos da área? Um produtor ou diretor de Teatro? Circo ou Ópera? E de que produção de Ópera se pode falar, por exemplo? Porque o Paraná não produz uma ópera há anos! De quem vocês falam então quando defendem uma área amarrada a outra apenas pelo termo artes cênicas? Não produz sentido. É da alçada dos profissionais da dança discutir a dança, mesmo dentro de um sindicato.

Sim, o termo artes cênicas nos acompanha desde a Grécia antiga. Mas nem um termo ou nomenclatura permanece rígido ou fixo. Conforme as demandas e especificidades aparecem, e conforme segmentos se organizam e se reorganizam, as coisas e os nomes e as nomenclaturas se modificam. O termo “artes cênicas” não dá mais conta das especificidades da dança. São profissionais da dança, inclusive produtores, empresários e artistas com DRT que dizem isso. E que querem e tem construído espaço próprio para defender as suas causas e as da cultura.

Ainda, na questão das especificidades da Dança, nada mais natural que a reverberação de movimentos locais e nacionais desta área ressoe também em nosso estado e contribua efetivamente para a consolidação desta como campo de conhecimento e como construtora de um ambiente artístico e cultural mais equânime.
Quanto ao documento:

“Quando do lançamento de editais de incentivo direcionados às diversas áreas artístico-culturais, na grande maioria das vezes o maior número de projetos inscritos são provenientes da área teatral, a qual divide os recursos disponíveis com as outras que integram o mesmo título.”

- Em que contextos isso acontece? Qual mapeamento foi feito que comprove que todas as demandas do Teatro são maiores que todas as demandas da Dança? Afinal, demandas são várias e diferenciadas. São os editais replicados pela SEEC que apontam estes dados? A SEEC apenas em 1989 fez um edital para o dança até final da década de 2000. E durante muito tempo só fez editais voltados ao Teatro em distintas categorias. Isso não conta como diferença de demanda? O apoio investido pelo Estado para que o Paraná tivesse um determinado tipo de demanda no Teatro? Nem por isso a dança deixou de existir. Ela teve sua autonomia com companhia estatal formato que o Teatro não teve (mas uma companhia estatal tem numero reduzido de bailarinos enquanto o teatro circulou e produziu por diversos grupos e categorias em todo o Estado). E isto precisa ser revisto.

Outro dado: a dança foi considerada em pesquisa do IBGE, em 2009, como a atividade cultural que mais ocorre em 56,01% dos municípios brasileiros. A primeira atividade foi o artesanato.

De qualquer modo a dança teve importância na construção da imagem deste Estado. Pelas companhias do Teatro Guaíra e pela Escola. Pelas Companhias do Balé da Cidade de Londrina e a Verve Cia de Dança, de Campo Mourão. Pelos inúmeros dançarinos e coreógrafos de outros gêneros de dança no estado. Pelos egressos de 25 anos de curso de dança da Faculdade de Artes do Paraná (antigo curso da PUC-PR).

Mas esta não é toda a dança do Paraná. E é por esta dança TODA que representações da dança trabalham. É preciso ser justo e reconhecer que os sindicatos que assinam este documento não dão conta desta dimensão profissional e de formação de profissionais, nem mesmo, de resguardo e proteção a esta gama toda de profissionais. Cada um tem sua especificidade e precisa consultar seus associados e sindicalizados, do segmento pertinente, para tomar uma atitude quando surgem desejos, necessidades e interesses contraditórios.

“O motivo que permitiu essa separação, no mínino, parece-nos que não levou em consideração que a área teatral, historicamente, sempre promoveu e/ou liderou os movimentos artísticos; os movimentos político-culturais e os de cidadania, neste país.”

- Vocês refletiram sobre o quanto está desatualizada esta referência? Neste comentário não se considera todos os outros profissionais das outras áreas artísticas que vocês dizem proteger no guarda-chuva das Artes Cênicas. Será que a maioria dos produtores de Teatro hoje no Estado e a maioria dos artistas do Teatro que também produzem e militam concordam com isso? Foram chamados a discutir sobre este parágrafo? Por que parece que o Teatro manteve a mesma atuação política dos anos de ditadura. E não manteve. E isso não diminui a importância das lutas históricas gestadas pelo Teatro assim como não diminui esta importância, o fato de se reconhecer que a Dança há muitos anos tem uma atuação política que fez esta área conquistar espaços.

Porque é importante frisar, que as representações locais e nacionais da Dança não tem medo de reconhecer a potência e importância da Área do Teatro, de seus profissionais. Não é um embate entre áreas para nós. É um embate da área com as camadas da política, da economia, das políticas públicas.

“Assim sendo, não vemos propósito aceitável que ampare a separação supracitada, justamente no momento em que Vossa Excelência trata de construir uma legislação que atenda aos anseios da classe artística e da sociedade e que ainda, faça as devidas correções no intuito de melhor poder estimular o desenvolvimento da Arte/Cultura em nosso estado.”

- Se não houveram reuniões com os associados dos respectivos sindicatos como é que se quer ampliar e falar em anseios da sociedade e da classe artística? De que classe artística vocês falam se não convocaram nem sequer uma profissional da dança como eu que tenho 30 anos de carteira assinada e registrada como bailarina profissional + DRT de produtora + DRT de coreógrafa? E nunca dancei e (ou) produzi sem pagar as contribuições cabíveis.

“Sabemos que tal segmento é um dos mais importantes às execuções das ações sociais, tão caras a todos nós, no que diz respeito a tão desejada, pelo menos, minimização da indigência cultural na qual, lamentavelmente, estamos vivendo.”

- De qual segmento vocês falam? Será que não estamos vivendo a indigência cultural porque nos fazem representar por argumentos e postura política que se manifesta pelos interesses apenas de um dos segmentos das artes sem escuta a dança em um momento como este? Porque se os sindicatos não estão atualizados com as demandas de uma área, é uma coisa, e passar a defender apenas interesses de alguns, é outra.

O Fórum de Dança se desligou da FEC e tem o direito de se desligar de qualquer instituição porque existe e trabalha e se organiza por conta própria há 07 anos. Nenhuma retaliação ao Fórum de Dança de Curitiba deveria atingir toda a Área.

E outro equivoco do documento: há sim em diário oficial recomendação do CNPC para que a dança seja tratada como área autônoma, desvinculada do termo artes cênicas. Nossa categoria conquistou isso nacionalmente.

Prezado Fiani e integrantes e associados do SEPED-PR, solicitamos que o SEPED-PR reveja as razões e o entendimento que o embasou a assinar tal documento visando uma lisura na relação entre as áreas, os artistas, os produtores, os empresários. Acredito que pela atuação do SEPED-PR e experiência na labuta de tantos anos, vocês possam e devam, sim, ter condições de verificar que não é da alçada deste sindicato assinar embaixo de questões tão amplas relacionadas a outro setor e que envolve uma organização local e nacional de muitos anos.

Contamos com sua reflexão e solicitamos que o SEPED-PR reveja seu posicionamento encaminhando à SEEC um documento onde se exime de influenciar negativamente os encaminhamentos já conquistados pela classe da dança no estado do Paraná.

Disponibilizamos-nos a estar com os associados do SEPED-PR e a atender a qualquer questionamento que contribua para elucidar as questões da dança e da cultura no Estado para que evitemos, no futuro próximo e distante, perda e desgaste nas relações.

Aproveito e reitero que sempre observei sua postura e trabalho que acabou por lhe dar autonomia até mesmo do circuito teatral curitibano e mesmo do Brasil. Você gerou autonomia mesmo dentro de um único setor artístico. Porque não se validaria a autonomia entre setores distintos das Artes já que sabemos que o mercado e espaço de trabalho é conquistado individualmente e nos coletivos organizados com muita peleia e conhecimento sobre o que e como se faz?

E ressaltamos: que os sindicatos, tem como premissa maior, a defesa do trabalhador de seus distintos segmentos, e não o autoritarismo de se sentir no direito de apontar quem, quando e como, pode ou não, atuar em prol de seu desenvolvimento profissional.

Ficamos no aguardo de um retorno formal sobre este documento e reivindicação junto a este sindicato.

Atenciosamente,

Marila Velloso - pelo Fórum de Dança de Curitiba e como representação do Colegiado Setorial de Dança e Comitê Técnico de Circo, Dança e Teatro do FNC.

Abaixo a resposta a essa carta que o forum de dança de curitiba recebeu… Yiuki

01 Resposta a Marila Velloso

02 Resposta a Marila Velloso

03 Resposta a Marila Velloso

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Solicitação de uma Declaração para SATED/PR

Curitiba, 11 de Agosto de 2011

A/C Presidente do SATED-PR - SR. Christo Dikoff

Hoje fui no SATED solicitar a ata da última reunião do SATED e quando isso ocorreu. Verifiquei no livro de registro e descobri que a última Assembléia Geral Ordinária ocorreu somente no dia 29 de Março de 2011, e que a pauta do dia era sobre a prestação de conta do ano 2010. Solicitei uma cópia do caderno da ata para xerocar e o Sr. Magno me negou, tampouco permitiu tirar a foto do documento. Também solicitei uma declaração do SATED que “A última Assembléia Geral do SATED aconteceu em 29 de Março de 2011 com o assunto do fechamento do orçamento ano anterior e que depois disso não houve nenhuma convocação de uma Assembléia Geral até a presente data”, mas mesmo isso foi negado pelo Sr. Magno. Por meio desse e-mail solicito que a V.Sa. autorize o Sr. Magno a me repassar uma declaração do SATED onde esteja escrito:

· Declaro que a última Assembléia Geral do SATED/PR aconteceu em 29 de Março de 2011 com o assunto do fechamento do orçamento ano anterior e que depois disso não houve nenhuma convocação de uma Assembléia Geral até a presente data. Dessa maneira não houve nenhuma reunião no SATED/PR onde convocasse a classe artísticas e culturais, inclusive da dança e do teatro, para colocar em pauta a discussão sobre o anteprojeto da nova lei do Conselho Estadual da Cultura do Paraná.

Muito obrigado pela atenção e aguardo o retorno.

Att.

Ernesto Yiuki Doi, membro do Conselho Cultural de Curitiba e do Fórum de dança de Curitiba, portador do DRT de Dançarino 14492

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Carta do SATED/PR E SEPED/PR contra a autonomia da Dança no Paraná na proposta da lei do Conselho Estadual da Cultura do Paraná

Pessoal, olha o documento que o SATED e o SEPED/PR enviou para a SEEC/PR. Yiuki Doi

Curitiba 05 de agosto de 2011.

Senhor Secretário

Solicitamos a especial atenção de Vossa Excelência, para o que expomos a seguir.

As Diretorias do Sindicato dos Artistas e Técnico em Espetáculos de Diversões no Estado do Paraná – SATED/PR e o Sindicato dos Empresários e Produtores em Espetáculos de Diversões no Estado do Paraná – SEPED/PR, atendendo solicitação de significativo número de seus representados entre artistas, técnicos e produtores em ARTES CÊNICAS – Teatro, Circo, Dança e Ópera – particularmente, os profissionais que atuam em Teatro, vêm lembrar Vossa Excelência e senhores assessores que tais áreas, em conjunto, são protegidas pela Lei 6533/1978, ainda em vigor.

Estas Diretorias, apoiando os justos reclamos da classe teatral paranaense, não encontram razão concreta e legítima, para a separação da área de DANÇA, das outras aqui citadas.

Os Sindicatos em tela não receberam, até o momento, dos órgãos federais afetos ao Trabalho e à Cultura, nenhum comunicado no que se refere a essa separação.

As entidades aqui mencionadas, desde a sua criação, sempre trabalharam de maneira responsável e dedicada pelas quatro áreas que integram as Artes Cênicas. Trabalho dirigido ao coletivo, quanto às necessidades e aos legítimos interesses desses profissionais.

Quando do lançamento de editais de incentivo direcionados às diversas áreas artístico-culturais, na grande maioria das vezes o maior número de projetos inscritos são provenientes da área teatral, a qual divide os recursos disponíveis com as outras que integram o mesmo título.

No caso do Conselho Estadual de Cultura e da lei de incentivo fiscal, que estão em fase de elaboração, constata-se que a área da DANÇA foi destacada das demais, em título isolado.

O motivo que permitiu essa separação, no mínino, parece-nos que não levou em consideração que a área teatral, historicamente, sempre promoveu e/ou liderou os movimentos artísticos; os movimentos político-culturais e os de cidadania, neste país.

Assim sendo, não vemos propósito aceitável que ampare a separação supracitada, justamente no momento em que Vossa Excelência trata de construir uma legislação que atenda aos anseios da classe artística e da sociedade e que ainda, faça as devidas correções no intuito de melhor poder estimular o desenvolvimento da Arte/Cultura em nosso estado.

Entendemos que o texto legal deve favorecer e respeitar as artes e os artistas- uma vez que são eles os quais – desde sempre – nos contam a História das Civilizações.

Sabemos que tal segmento é um dos mais importantes às execuções das ações sociais, tão caras a todos nós, no que diz respeito a tão desejada, pelo menos, minimização da indigência cultural na qual, lamentavelmente, estamos vivendo.

Contando com a devida atenção e o indispensável apoio de Vossa Excelência ao exposto, expressamos estima e consideração.

Respeitosamente

CHRISTO DIKOFF

Presidente do SATED/PR

E-mail: secretaria@satedpr.org.br

Fone: (41) 3014-8580 e 3022-4644

JOÃO LUIZ FIANI

Presidente do SEPED/PR

E-mail: joaofiani@terra.com.br

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Marila Velloso: A dança dança como área autônoma das artes cênicas na composição do Conselho Estadual de Cultura do Paraná

Texto abaixo enviado para o e-mail proculturapr@seec.pr.gov.br como sugestão da proposta da Lei do Conselho Estadual de Cultura (Consec) que se encontra em processo de elaboração pela Secretaria de Estado da Cultura – SEEC. Qualquer pessoa residente no Paraná poderá enviar as sugestões até o dia 12 de Agosto de 2011 sobre a proposta da lei. O site da SEEC onde se encontra ao anteprojeto de lei é o seguinte: http://proculturapr.wordpress.com/proposta-conselho/.

A dança é uma área de conhecimento autônoma, com uma linguagem, vocabulário e meios de produção e existência próprios. Na esfera federal, desde 1977, tem espaços de representação específicos (SNT e Funarte) e em Curitiba, desde 2005, na Fundação Cultural de Curitiba. Sem contar a existência dos mais de 30 cursos de graduação espalhados pelo País, incluindo o curso de Dança da Faculdade de Artes do Paraná - UNESPAR - o 2o mais antigo do Brasil que completou 25 anos. E um Mestrado em Dança na UFBA além de inúmeros cursos de Pós-Graduação "Lato Sensu". No Paraná, corpos estáveis de dança foram criados há mais de 50 anos e foram mantidos por governos anteriores mostrando que esta Área tem historicamente no Paraná importância na construção da imagem do Estado em nível federal, estadual e municipal.

Na esfera política e econômica, suas organizações conquistaram espaços também específicos: Colegiado Setorial de Dança, um assento próprio no Conselho Nacional de Política Cultural, dois assentos no Comitê de Circo, Dança e Teatro do Fundo Nacional de Cultura, Assembléias e Pré-Conferências Setoriais, um Plano Nacional de Dança publicado em maio de 2011, um Fundo específico, editais e representantes específicos em distintos espaços de gestão pública e privada.

Essas conquistas não aconteceram de uma hora para a outra nem tampouco foram definidas e decididas por profissionais de outras áreas. Foi no embate dos profissionais da DANÇA (artistas, professores, pesquisadores, alunos e estudantes etc) a partir de suas demandas específicas, pelo modus operandi próprio desta categoria que estes espaços foram ocupados.

O Paraná, após as reivindicações em audiências e documentos que contaram com a assinatura de 95 artistas paranaenses - de várias cidades e não apenas da capital - vai ser contemplado com um assento específico da Dança tanto no Conselho Estadual de Cultura quanto no Programa de Fomento e Incentivo à Cultura em razão de uma demanda legítima e legitimada por paranaenses e por uma mobilização e entendimento também nacional sobre a autonomia da área que permeia distintas camadas: artística, produtiva, política, educacional, econômica. O movimento e organização da dança paranaense tem também contribuído sobremaneira para discussões e reflexões aprofundadas sobre a Cultura e as políticas publicas para a Cultura no Estado do Paraná.

Ainda, na questão das especificidades da Dança, nada mais natural que a reverberação de movimentos locais e nacionais desta área ressoe também em nosso estado e contribua efetivamente para a consolidação desta como campo de conhecimento e como construtora de um ambiente artístico e cultural mais equânime.

Marila Velloso
- co-criadora do Fórum de Dança de Curitiba, artista, pesquisadora e produtora na área. Professora do curso de Dança da FAP. Atua no Movimento Pró-Conselho de Cultura do Paraná.

Yiuki Doi: A dança dança como área autônoma das artes cênicas na composição do Conselho Estadual de Cultura do Paraná

Texto abaixo enviado para o e-mail proculturapr@seec.pr.gov.br  como sugestão da proposta da Lei do Conselho Estadual de Cultura (Consec) que se encontra em processo de elaboração pela Secretaria de Estado da Cultura – SEEC. Qualquer pessoa residente no Paraná poderá enviar as sugestões até o dia 12 de Agosto de 2011 sobre a proposta da lei. O site da SEEC onde se encontra ao anteprojeto de lei é o seguinte: http://proculturapr.wordpress.com/proposta-conselho/.

A dança é mais do que cênico, a maioria dos praticantes da dança não se encontram no espaço cênico de teatros. Separar a dança da artes cênicas é oferecer suporte e apoio para todos os praticantes de dança, não somente às danças cênicas. Além do mais, a dança possui sua especificidade e necessidade autônoma que na prática já existe até faculdade e mestrado no Brasil. A dança em número de praticante supera o teatro, opera ou o circo, mas enquanto a dança é inserida como artes cênicas, a maioria dos praticantes da dança não receberão atenção necessária dentro das suas particularidades. Por isso a necessidade de separar a Dança das Artes Cênicas no Conselho Estadual de Cultura do Paraná, pois estamos tratando de Cultura da Dança e essa não se pode limitar somente à Dança Cênica.

Na última audiência pública houve um questionamento de por que a dança estaria com um assento à parte das artes cênicas na composição do Conselho Estadual de Cultura, considerando que se isso for direito da dança, a opera e o circo também deveriam ter o seu assento. Venho por meio deste e-mail retificar a manutenção do segmento da dança como área autônoma das artes cênicas na composição do Conselho Estadual de Cultura, no anteprojeto de lei. A autonomia da dança já foi colocada em discursos em audiências públicas realizadas pelo MinC que teve como objetivo fazer o levantamento da cultura no Brasil e ouvir as demandas dos distintos segmentos artísticos e culturais, tendo sido uma delas realizada no SESC da Esquina, em Curitiba, no ano passado junto ao deputado federal Ângelo Vanhoni onde as organizações da dança local, na ocasião, se manifestaram em peso solicitando um Fundo Setorial específico, ao Ministério da Cultura. O que foi atendido. Vale também lembrar que essa questão foi discutida em conferencias estaduais, regionais e nacionais de cultura. O Sr. Caique argumenta que não houve discurso a respeito desse assunto, discordo com ele: houve sim, em várias instâncias e por distintas especificidades a ponto de que o próprio Ministério da Cultura compreendeu que no Fundo Nacional de Cultura era necessário manter a especificidade da dança, sua autonomia. Dessa maneira justifico e solicito a manutenção desse item na Lei do Conselho Estadual de Cultura no Paraná.

Att.

Yiuki Doi, membro do Conselho Municipal da Cultura de Curitiba, integrante do Fórum de Dança de Curitiba, bailarino da desCompanhia de dança e propositor do projeto SummuS Contato Improvisação no Vila Arte Espaço de Dança. 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Lançamento programas de Fomento Funarte: Klauss Vianna aconteceu no dia 18 de julho.

Pessoal,

foi aprovado o Prêmio Klauss Vianna para 2011. É provável que saia o edital para inicio do 2o semestre.

saudações,

Marila Velloso

Representante da Região Macro Sul do Colegiado Setorial de Dança do CNPC (2010-2011)

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Marila Velloso
marilaemovimento@hotmail.com
http://www.circuitocompartilhado.blogspot.com
41. 9953.8181

Forum Nacional de Dança em Belém do Pará: 11,12 e 13 de Agosto de 2011

FAÇA JÁ SUA INSCRIÇÃO ON LINE   forumdancabelem@bol.com.br
VAMOS PARTICIPAR!!!!
ESTE É UMA GRANDE OPORTUNIDADE PARA DISCUTIRMOS POLÍTICAS PÚBLICAS EM DANÇA.
ESTAMOS ESPERANDO VOCÊ
MOVIMENTO REDE DANÇA PARÁ
MOVIMENTO NACIONAL DE DANÇA

-

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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Planos Setoriais de Cultura do MinC - 2011

Olá amigos de todas as areas culturais, segue a lista de links dos livros (download gratuito) com os respectivos planos setoriais de cultura.
Abraço
Manoel José de Souza Neto

----- Mensagem encaminhada -----
De: Comunicação CNPC <cnpccomunicacao@cultura.gov.br>
Para: CNPC <cnpc@cultura.gov.br>
Enviadas: Quinta-feira, 21 de Julho de 2011 12:03
Assunto: Planos Setoriais no blog do CNPC

Prezados(as) Conselheiros(as),

Informo que os Planos Setoriais estão publicados no blog do CNPC, em versão pdf, no endereço http://www.cultura.gov.br/cnpc/publicacoes/colegiados-setoriais/

Estão disponibilizados para download no blog os seguintes arquivos:

- Relatório de Atividades e Plano Setorial de Artes Visuais

- Relatório de Atividades e Plano Setorial de Circo

- Relatório de Atividades e Plano Setorial de Dança

- Relatório de Atividades e Plano Setorial de Música

- Relatório de Atividades e Plano Setorial de Teatro

- Plano Setorial para as Culturas Populares

- Plano Setorial para as Culturas Indígenas

- Plano Nacional do Livro e Leitura

Atenciosamente,

Juliana Maurer Ehlert

- Comunicação CNPC -

Conselho Nacional de Política Cultural

Ministério da Cultura

(61) 2024-2140

www.cultura.gov.br/cnpc

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CRONOGRAMA DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS DO CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA DO PARANÁ

27 DE

JULHO

quarta-feira

19h00

CORNÉLIO PROCÓPIO

TEATRO DA UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

(ATRÁS DA SANTA CASA)

NOEL: (43) 3520-4003 - CORNÉLIO PROCÓPIO

28 DE

JULHO

quinta-feira

19h00

CIANORTE

ANFITEATRO DA PREFEITURA MUNICIPAL

PRAÇA DA REPÚBLICA, 100 – CIANORTE

29 DE

JULHO

sexta-feira

19h00

MEDIANEIRA

CENTRO POPULAR DE CULTURA ARANDURÁ
AV. BRASIL 1677, CENTRO – MEDIANEIRA

01 DE

AGOSTO

segunda-feira

14h00

IRATI

CÂMARA MUNICIPAL DE IRATI

RUA DOUTOR CORREIA, AO LADO DA PREFEITURA MUNICIPAL

03 DE

AGOSTO

quarta-feira

9h

CURITIBA

MUSEU OSCAR NIEMEYER

AUDITÓRIO POTY LAZZAROTTO

Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico – Curitiba

CAROL / GUSTAVO (41) 3350-4405

sábado, 16 de julho de 2011

FORUM DE DANÇA DE CURITIBA: autonomia e posicionamento político

Carta aberta direcionada ao Fórum das Entidades Culturais – Curitiba-PR
De: Fórum de Dança de Curitiba
Data: 13/07/2011
A/C Presidência do Fórum das Entidades Culturais
Sr. Oswaldo Euclydes Aranha
Prezado Senhor:
Tendo em vista, que o Fórum de Dança de Curitiba continua a ser citado pela Diretoria do Fórum das Entidades como uma organização à qual este último representa, vimos por meio desta, “formalizar” nosso desligamento do Fórum das Entidades.
Pequeno histórico contextualizador: desde 2005, o Fórum de Dança de Curitiba - mesmo mantendo sua luta e trabalho autônomo frente à várias questões da dança e da política cultural - se aproximou do Fórum das Entidades e participou ativamente em vários momentos dos trabalhos e proposições encaminhados pelo Fórum das Entidades, com continuidade. Isso, em virtude, de que acreditamos, que quando dialogamos e trabalhamos juntos, legitimamos e valorizamos uns aos outros, tornamos, a política cultural, mais potente. Naturalmente, que não a qualquer preço.
Em 2009, por conta do modo como o Fórum das Entidades se posicionou frente à Fundação Cultural de Curitiba no diálogo e organização da Conferência Municipal (não protocolando e formalizando junto à FCC o Manifesto do Movimento Pró-Conferência e a audiência pública deste movimento; aceitando a redução na programação da Conferência - que depois foi ainda mais reduzida e extirpada pela FCC), o Fórum de Dança se posicionou veementemente contra estes procedimentos de diálogo com o poder público municipal, em assembleia, por ter percebido uma conivência da representação Fórum das Entidades, que levou à restrição da abertura e espaço para o debate sobre a Cultura municipal, durante a referida conferência, culminando na proibição da voz na plenária final desta conferência. Fato este, que foi invertido no dia da conferência, pela atuação e reivindicações do Fórum de Dança de Curitiba e de outros integrantes do Movimento Pró-Conferência de Cultura. Naquele momento, o Fórum de Dança se desligou do Fórum das Entidades por não concordar com este modo de proceder.
No início de 2011, após V.S.a assumir a presidência do Fórum das Entidades, e baseados no seu modo de conversar conosco e em sua postura, à qual sempre nos referenciamos com carinho e respeito, pensamos que poderia haver um respeito mútuo entre estas duas organizações – Fórum de Dança e Fórum das Entidades, esperando outro modo do Fórum das Entidades agir junto ao poder público. E para tanto, retomamos com vocês como mediadores de uma conversa com a Fundação Cultural de Curitiba e nos colocamos de modo autônomo, a conversar com a Secretaria de Estado da Cultura.
Como já sabido, e expressado em assembléia por integrantes do Fórum de Dança de Curitiba, nos causou estranhamento o modo como o Fórum das Entidades acordou com a Secretaria de Estado da Cultura a formação do Grupo de Trabalho para a elaboração do anteprojeto de lei para o programa de incentivo e fomento à Cultura do Paraná. Estivemos presentes com dois integrantes nossos, em uma assembléia que se destinou a dirimir questões sobre este procedimento, e nossa presença se deu para apoiar os outros grupos, organizações e artistas que se rebelaram com a indicação de apenas três membros da diretoria do Fórum das Entidades para composição do referido grupo de trabalho. Algo que nos soou como autoritário, sem consultar as organizações por vocês representadas, sem considerar a consulta de base realizada em 2010 que reconheceu representantes nas áreas da Dança, da Música, do Teatro nos Colegiados Setoriais, estes todos (os paranaenses), partícipes das assembléias do Fórum das Entidades. Algo que poderia ser entendido como uma falta de capacidade de articular distintas instâncias de representatividade que participam do Fórum das Entidades, mas que nos ficou claro, era uma forma de desvalorizar o trabalho, articulação, capacidade representativa de participantes de outras organizações que integram ou integraram, o Fórum das Entidades.
Este Fórum de Dança, não abandonando um modo aberto, transparente e determinado de se posicionar frente às questões da Cultura e da Dança e frente aos modos de se proceder nas proposições de debate e diálogo entre sociedade civil e esferas públicas de poder, buscou conversar com vocês, apresentando publicamente em assembléia a preocupação com este procedimento por parte do Fórum das Entidades, de desvalorização do outro e das representações outras existentes e que buscavam se manter no Fórum das Entidades, visando legitimar e validar, mais uma vez, a organização Fórum das Entidades.
Não obstante, ao final da 1ª. audiência pública sobre o anteprojeto de lei do PROFICE, em Curitiba, realizada na ALEP, onde integrantes do Movimento Pró-Conselho Estadual de Cultura do PR fizeram parte da mesa oficial, soubemos que uma das integrantes da Diretoria do Fórum das Entidades, Sra. Waltraud Sékula, questionou a legitimidade do trabalho e atuação política-cultural destes convidados – que naquele momento representavam a sociedade civil, sendo que um destes integrantes da mesa, era nossa conselheira do Fórum de Dança de Curitiba, Marila Velloso. Bem, não iremos aqui discorrer sobre a atuação artística e política de Marila Velloso, cocriadora com outros de nós – Rose Rocha, Loa Campos, Peter Abudi, Clayton Leme, Silvia Nogueira, Lernardo Taques, Nayara Araújo, Gladis Tridapalli - de uma organização política da dança que tem um reconhecimento e representatividade local, regional e nacional mesmo junto a outras áreas artísticas de todo o Estado. Basta pesquisar em nosso blog ou em outros canais de informação sobre nossa atuação. Esse questionamento nos soou como um procedimento de desvalorizar o outro.
Contudo, este modo de questionar a validade do outro e de se referir a artistas e organizações outras do Estado e do Município (mesmo que participantes do Fórum das Entidades) não nos causou espanto, pois em 2009, no dia 27 de novembro, em Campo Mourão, durante a realização da Conferência Estadual, na qual o Fórum das Entidades atuou como parte da equipe de organização - nós artistas que reivindicávamos pela leitura do Regimento Interno da Conferência - fomos mencionados publicamente pela representante-diretora do Fórum das Entidades, Sra. Waltraud Sékula, como artistas que estavam, em função das reivindicações por mecanismos transparentes e oportunidade de voz, cumprindo um “des-serviço” a Cultura. Na ocasião, éramos artistas e representantes de organizações das cidades de Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçú, que reivindicávamos pela leitura do Regimento, e por condições mínimas de ORGANIZAÇÃO, como uma mesa e uma caneta para anotações sobre questões dos delegados.
Novamente, com esta carta, este Fórum empreende tempo e esforço para esclarecer modos, escolhas e posicionamentos, pois entende que para além das reflexões e opiniões de cada um, estamos construindo o espaço artístico, político, econômico e de sustentabilidade para as Artes e para a Cultura em Curitiba e no Paraná. Porém estes espaços são construídos por muitos. O aumento de representantes e instâncias de representatividade fortalece a Cultura e as Artes e não ao contrário. E processos de desvalorização e indiferença ao outro ou aos outros estão sempre associados aos processos de dominação.
Mesmo que muitos destes procedimentos mencionados não tenham partido de V.Sa., estes continuam a ser empreendidos durante a sua gestão, e neste sentido, nos ficou inviável permanecer.
Agradecemos à V.Sa. pelas tentativas de estarmos juntos, e entendemos que esses esclarecimentos são de validação para que reflexões possam ser aprofundadas. Não é no bochicho que refinaremos nossos modos de atuação.
Atenciosamente,
Fórum de Dança de Curitiba- Conselheiros: Loa Campos, Marila Velloso, Rose Rocha, Yiuki Doi –
www.forumdedancadecuritiba.blogspot.com – forumdedancadecuritiba@gmail.com