terça-feira, 20 de agosto de 2013

Papo de Classe de Teatro (19/08/2013): DEVOLUTIVA por Ana Ferreira

Abaixo a devolutiva do Papo de Classe de ontem. Maiores informações sobre toda agenda do papo de classe segue nesse link: http://forumdedancadecuritiba.blogspot.com.br/2013/08/fcc-lanca-calendario-de-debates-com.html

 

Papo de Classe de Teatro (19/08/2013): : DEVOLUTIVA

Focou na economia criativa. Falou dos projetos da fcc pra auxiliar os artistas a movimentarem o mercado.

Cauê (teatro de bonecos): uma mesma pessoa não passar de 4 anos na coordenação de teatro; comissão ruim do edital de formas animadas;

Problemas da lei segundo Cordiolli: Transparência; formato dos projetos pouco regrados; pensamentos de formas diversas de fomento e circulação;

Raquel: a cadeia de promoção da cultura é desigual (meios de comunicação, universidades, poder público, artistas). Como dar mais voz a quem está na periferia (os artistas)? O que o poder público, que está no centro, pode fazer? Como apoiar a continuação dos projetos?
Igor (acessor do Cordiolli): não estamos dizendo que eles sejam iguais, mas que estes entes tem que se relacionar, dialogar; o problema da produção independente não é só da circulação, é dar suporte e condições a uma produção.

Cordioli: outros modos de apoio a festivais; apoio a quem queira abrir salas de teatro fora do centro; estão transformando as regionais em centro culturais para estimular a cultura viva; haverá um mapeamento uma reformulação da lei para o artista de rua. A fcc quer que o debate comece hj, que se aprofunde e cumine em fóruns setoriais e regionais, que deles as questões sejam encaminhadas para a conferencia extraordinária e de lá evolua até a conferencia ordinária.

Amanda: qual a forma da relação que a fcc pretende ter com os espaços independentes ou privados de teatro?
Cordiolli: estamos conversando sobre isso, pensando em uma política de sustentação e, em paralelo, um apoio a espaços que sejam criados fora do centro. Ele vai fazer um repactuamento com o governo federal de incentivo a pontos de cultura.

Frederico: legal que a fcc falou 15 min e já abriu pro debate. Mas qual a metodologia desta reunião? O que ela é na ordem das coisas? e quanto ao 1% do orçamento que o prefeito prometeu?;
Cordiolli: eles estão pensando em modos diferentes de se reunir. Eles tem a intenção de fazer consultas publicas. Até o fim do ano vai haver um método definido de consulta publica. O evento de hj não tem a intenção de ser deliberativo, mas tem a intenção de ajudar na elaboração de metas. Mas a intenção maior é que isso cumine em fóruns. Na questão do orçamento: foram feitas 18 audiências publicas, poucos se manifestaram com relação a cultura. Está se revendo como chegar a 1%, mas quando houver espaço pra esta discussão na câmara, é necessário que haja participação social.

?: programas que incentivem os profissionais que estão se formando.
Cordiolli: Tem projetos pra universidades - pra que surjam projetos dentro delas. Editais pra recém formados podem ajudar. Mas ele assume que eles ainda estão com poucos pensamentos neste sentido.
Éneas: qual o interesse que a fcc tem na revitalização do passeio publico como ponto cultural? Qual a intenção com relação ao Oraci Gemba?
Cordiolli: a fcc conseguiu andar bem neste sentido. O ipuc tem um projeto abrangente, que envolve o pessoal das bicicletas, das feiras. Na área da cultura está sendo mais rápido: o coreto vai ser reativado, vai ter equipamento cultural próprio, ele vai ser um espaço de teatro de rua, vai ser o primeiro museu da fotografia a céu aberto.
Quanto ao Oraci, se está pensando em como ampliar. Uma coisa por exemplo seria traduzir os textos pro inglês. Outra poderia ser publicar também digitalmente.

Eliane Berger: estamos aguardando resultado do mecenato do edital de dezembro; pedimos o fim da contrapartida social pq a arte já em si uma contrapartida social; como fica o teatro na copa do mundo?
Cordiolli: o mecenato atual é uma duvida pra eles tbm. Os próximos editais do mecenato vão ter um regramento mais rígido em relação as datas. As contrapartidas precisam representar uma extensão do projeto e não um outro projeto. Fica o compromisso de discutir sobre isso numa reunião especifica. Com relação a copa: a ideia é ocupar em 100% os espaços da cidade. Também ocupar espaços informais, como bares. Eles vão pensar em diversas formas de apoio. É um momento que pode gerar renda e ser uma vitrine pros artistas independentemente e pra cena local.

Julia: quais são as previsões de datas e prioridade pra se realizar os projetos que foram apresentados nesta noite? Há pessoal e verba pra isso?
Cordiolli: precisa modernizar a fcc. Pra isso, vai ter concurso. A FCC vai querer  fluxogramas funcionais de cada edital. A prioridade é o regramento de tudo e que até o fim do ano que vem a lei esteja digitalizada.

Cia do abração; como vêem o teatro pra infância e juventude?
Cordiolli: há um acordo com a secretaria da educação pra pensar em crianças como público. Vamos procurar cadastrar os artistas que tem projetos em escolas

Frederico: o 1% já entra no ano que vem?
Cordiolli: dependendo da base de cálculos, já temos 1%. O que se está trabalhando é que sobre o orçamento geral se tenha 1%. Com o prefeito eles estão discutindo outras questões mais profundas do que números. É preciso pensar em equipamentos e estrutura. Pensando nisso, cobrindo as necessidades, possivelmente se alcance este número.
Eu: como se pretende encaminhar a evolução deste evento até a criação de fóruns? Há datas pensadas?
Nao há data. Mas a meta é de, no máximo, sair da conferencia extraordinária com eles instituídos.

Eu: Vai haver transparência das contas deste ano? A gente vai saber quanto foi pro fundo, quanto foi pro mecenato?
Todos os dados estão no site do tribunal de contas. Há gráficos e tabelas que devem sair ano que vem. E além disso, a partir do ano que vem, pretende-se que isso seja feito mensalmente ou bi-anualmente e esteja no site da fcc.

Eu: fazer consultas públicas antes de lançar os editais será uma metodologia permanente?
Sim, isto será uma metodologia permanente.
Basso: o piso do artista é o teto no caso do patrocínio publico?
Cordioli: não, mas podemos regrar também um teto com o qual o artista pode ser pago com o dinheiro publico.


Ana Ferreira, integrante do conselho municipal de cultura e delegada suplente do Eixo Sistema Nacional de Cultura

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