O objetivo do Improviso Dança e Música é apresentar à comunidade curitibana proposições artísticas em diferentes modos e configurações. Isso acontece, sobretudo, proporcionando aos artistas e a comunidade em geral um ambiente de criação e investigação pela via da improvisação, integrando as diferentes Artes Perfomativas (Dança, Música, Teatro, Artes Visuais e Poesia). O Improviso Dança e Música é um ambiente coletivo que integra criação e livre expressão, agregando valores sociais, culturais e artísticos.
O projeto começou em 2010 organizado pelo UM – Núcleo de Pesquisa Artística em Dança da FAP, que é coordenado pela Profª Rosemeri Rocha. Teve o apoio inicial do MON - Museu Oscar Niemeyer, sendo realizado no vão vazio do museu. Começou como uma ação esporádica, tornando-se mensal desde 2013 e acontecendo entre os meses de março a dezembro. Atualmente o projeto é organizado através da parceria do UM – Núcleo de Pesquisa Artística em Dança da FAP com o SummuS Contato Improvisação.
Em Maio de 2013 o projeto deixou de receber o apoio do MON, quando o Coordenador de Atividades Culturais do MON, Beto Lanza, declarou que a atividade não estava à altura das exposições que aconteciam nos pisos superiores. Na ocasião, ao invés de argumentar sobre a importância do projeto na cidade, os organizadores resolveram entrar em contato com a Fundação Cultural de Curitiba. Esta havia passado por uma mudança de gestão, após a eleição de 2012, saindo das mãos do PSDB para a coligação PDT/PT/PV – uma mudança que abriu novas diretrizes administrativas na Casa Hoffmann - Centro de Estudos do Movimento do Município. Por ser uma atividade de fomento cultural gratuita, a proposta do improviso foi aceita pela FCC.
Na época discutiu-se mudar o nome do evento para "Danças de Portas Abertas", que era uma atividade de cunho parecido que acontecera na Casa Hoffmann entre 2006 e 2009. Era uma ação que integrava o “Programa Dança Cidade” elaborada por Marila Velloso em sua gestão como coordenadora de Dança na FCC. Apesar de várias ações importantes na época, o “Programa Dança Cidade” foi interrompido pela falta de apoio da gestão da FCC daquele período. Assim, com o tempo, a atividade "Danças de Portas Abertas" tinha deixado de acontecer na Casa Hoffmann. Apesar da memória histórica, na transição do local de realização do improviso, a equipe organizadora decidiu manter o nome "Improviso Dança e Música", pois a atividade no MON já era conhecida na cidade e tinha sua própria trajetória.
O projeto é um ato de resistência realizado sem patrocínio. O apoio com que conta é a disponibilidade do espaço da Casa Hoffmann. A coordenadora da Casa Hoffmann, Milzi Digiovanni, e o funcionário José Barros abrem o estabelecimento no 1º domingo do mês voluntariamente, sem o que não seria possível realizar o evento.
O “Improviso Dança e Música” é um espaço de diversidade cultural, de apreciação e experimentação artística, que fazem refletir sobre “o que é arte”, “quem realiza” e de “que maneira acontece”. Também contribui para o exercício da cidadania no ato de dialogar, compor e habitar coletivamente o espaço. São esses valores sociais, culturais e artísticos que dão significado aos quatro anos de “Improviso Dança e Música” em Curitiba.
TEXTO: Yiuki Doi | REVISÃO DE TEXTO: Marina Feldman
P.S. Buscando imagens de registro do “Dança de Portas Abertas”, encontrei o Blog do Franco Caldas Fuchs que está no ar desde 2006. São oito anos de trabalho! Além da foto, também encontrei a entrevista de 2008 com a Marila Velloso sobre a proposta “Dança de Portas Abertas”. Lendo a entrevista, realmente não há diferença entre as duas atividades. Muito bom encontrar esses documentos. Yiuki
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